quinta-feira, 17 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Porque hein?!

De uns tempos para cá, ando um pouco apaixonada, não sei direito, acho que não é só por um, dois, três.
Três é o número, acho que estou apaixonada por três. Ora, mas como assim? 
Gosto do um porque ele é divertido, tem cor do pecado, além de não me cansar nunca da sua beleza. O dois me liga, me faz sentir a mulher mais linda do mundo e é super cuti cuti. O três é lindo, meu tipo, tem um beijo maravilhoso, daria um ótimo namorado.
Queria poder juntar os três em um e não soltar nunca mais...

" Paixão? Eita bichinho que dói e arde.

Quando se está apaixonada sente calafrios dentro, calafrios fora. Calafrios na alma, no coração, na cabeça, na vida. Paixão dá calafrios e não é pouco não.
Paixão fere, paixão queima, traz alegria, tristeza, mas dá calafrios. Calafrios de não estar perto, de não poder sentir. Paixão pode deixar marcas.
Paixão também dá raiva, dá nervoso, dá vontade de sumir, aparecer, correr atrás, se esquivar, se esconder, vontade de chorar e correr atrás de novo. É ela dá calafrios, mas dói..."

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vida mais ou menos

"Acho que a vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia boca, de aventuras pela metade.
A gente sai para jantar, mas come pouco.
Vai para festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil.
Quer beijar aquele cara vinte anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga  a ir malhar.
E por aí vai...


Tantos deveres, tanta preocupação em acertar, tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem  graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...


Às vezes dá vontade de fazer tudo errado, deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí para o que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.


Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 
Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora...

Nós que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos e devemos desejar bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, o coração saciado.


Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora."

Depois a gente vê como é que faz para consertar o estrago...






(Martha Medeiros)