sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A máquina de lavar

O casal está passeando pela praia e ela pede que ele lhe compre um biquíni. Ele responde:
- Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
Continuam caminhando, ela insiste:
- Bom, então compra um vestido para mim?
Ele responde:
- Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
Passa o dia. 
À noite, já na cama, o marido vira para a
esposa e pergunta:
- E aí, mulher? Vamos botar a máquina de lavar para funcionar?
E a mulher, com ar de desprezo, responde:
- Para lavar só esse pedacinho de pano? Ah… Lava na mão mesmo que dá menos trabalho! 


* Li no www.natpm.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Modo de usar

Todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente.Se aconteceu, algum consentimento a gente deu.

As pessoas nos usam e usamos as pessoas, por bem ou por mal. Deixe-se para uso alheio e desfrute disso também.
Use-se: coma, beba, durma, transe, divirta-se, dance, se for preciso, pague mico.
Sempre diga o que pensa, mesmo contrariando algo já estabelecido.
Ria, ria demais, dane-se os outros que olharem para você!
Progrida na vida, aprenda, use sua experiência e intuição. Honre sua família e sua história, mas não precisa se expor para qualquer um.
Fale, grite, a voz foi feita para isso mesmo. Convença os outros com sua simpatia e se não for simpático, azar.
 Não se proteja de frustações, não é só porque um grande amor não deu certo, os outros amores não darão, ninguém nunca morreu disso.
Viaje para Dubai, deve ser lindo!
Faça amigos no bar, na praia, na rua, onde for, faça amigos!
Leia, chore, ouça com atenção, cante, fique quieto também.

Use-se. 
Ou será assunto dos outros.






sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Doce meio amargo





"Já não sou mais uma criancinha de 8 ou 9 anos. Tô bem crescidinha pra saber o que preciso. Cansei de coisas normais, paradas. Quero uma revolução. Já não sou mais aquela que dormia cedo com medo de assombração. Já não sou aquela que não aguentava ver um filme de terror. Preciso repor as energias e daqui pra frente ser a pior. Apenas quero me divertir. Não suporto mais  gente pegando no meu pé. Não preciso de responsáveis para assumir meus atos. Não vê que já não sou a mesma de antes? Se apaixonar pra quê? Se tenho esse momento a todo instante. E aí? Como é que vai ser?"

Gostei e vi no blog da Nina: www.doce-meio-amargo.blogspot.com

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Frases do dia

 



"Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei."


"Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho."


"A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter. "


"A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraiso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha é não poder ser imitada."






(Martha Medeiros) - adoro essa escritora !

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Vendo o próprio umbigo



Gosto muito da cor verde: vivo, alegre, não musgo. E gosto também de rosa, pink, rosa bebê, rosa de todo jeito.
Gostando de verde , logo gosto muito da natureza, plantas, ecologia, de passar um fim de semana no meio do mato.
Gosto de férias, descansar e não ter nada para fazer ás vezes, porém sou muito mais ter várias coisas para fazer, se todas forem divertidas não reclamo não. O tédio e o ócio nunca serão meus hobbys.
Tenho vários amigos:família (para mim são os melhores amigos), amigos de infância, amigos de escola, amigos de baladas, amigos que não são tão amigos assim e aqueles que realmente confidencio meus segredos e sonhos...os meus amigos verdadeiros!
Mas tenho inimigos também, pouquissímos, mas tenho!
Amo cachorro: grande, pequeno, macho, fêmea, preto, branco, nude (está na moda!). Se pudesse levaria um monte para casa, mas não posso! 
Vou confessar: tenho mais dó de cachorro abandonado na rua do que de pessoas!
Ás vezes tenho uns ataques, mas logo passam e volto ao normal. Isso acontece mais quando o meu nível de stress está complicado com muita prova para estudar, contas para pagar, trabalho para fazer, enfim tenho sempre. Risos!

Reclamo de algumas coisas, minha tia diz que eu não reclamo, apenas quero ser justa e sei enxergar os problemas do mundo, acho que minha tia puxa meu saco! Alguns amigos dizem que sou chata mesmo e já se acostumaram com as reclamações!
Choro em filmes de amor e finais de novelas, dou risadas a toa, mas não de " Vídeos Cassetadas".


Em pedacinhos vou me montando e me tornando eu.




sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A gente se acostuma

Bem vindo ano de 2011, que seja de saúde, alegria e realizações !
Para começar o ano resolvi que não iria postar sobre todas aquelas coisas bobas que todo mundo escreve ( promessas de ano novo, mudança de vida, etc) e não ajudam em nada, irei escrever sobre nós e nossos costumes,  reclamamos e muito e não fazemos absolutamente nada para mudar, nosso sossego quanto a vida que levamos...
E achei um texto da Marina Colasanti que nos faz refletir sobre isso, mas digo logo: não adianta só ler e não fazer nada!!!



"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a  não abrir as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceita ler todo dia sobre guerra, números, tempo de guerra.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. 

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma. "

(Marina Colasanti- A gente se acostuma)